Eu havia me esquecido de que, com oito anos de idade, eu desenhei o rosto da Princesa Isabel em uma folha de cartolina rosa que tinha na escola, que usei princípios de harmonia das cores, claro e escuro e cooordenei os trabalhos artísitcos do meu grupo sobre o Brasil Colônia.
Não lembrava também que, adorava desenhar a Branca de Neve, a Hello Kitty, o Woodstock e o Snoopy, sentada no chão, com lápis de cor e papel na mão, olhando para a TV.
Esqueci ainda que fiz a maquete da escola, na terceira série (no meu tempo era assim mesmo) com pedacinhos de madeira da serralheria que tinha ao lado do meu colégio, colei, pintei e desenhei a bandeira da escola para ganhar um concurso e levar um jogo (acho que era o Cara-a-cara, da Estrela) como prêmio!
Ainda lembro de meu pai me ensinando a fazer pipa (papapgaio), para eu não ficar de fora das brincadeiras com meus três irmãos homens e me levando para escolher as cores de menininha, a cola, a linha e as ripas, no mercadinho do "seu Raimundo".
Minha mãe me ensinou a fazer ponto-cruz quando eu tinha uns dez anos e, com esse conhecimento, agulha, linha e retalhos, reinveitei e inventei. Fiz travesseirinhos perfumados de "Feliz aniversário" para dar para as minhas amiguinhas e ainda fiz altas roupas para a minha Barbie roqueira do cabelo enrolado (eu a amava porque ela era diferente e incomum)
Eu tinha um estojo de lápis e uma mochila verde que minha mãe fez com sua máquina de costura. Eu ficava sentada no chão esperando ela terminar tudo o que era pra eu usar, da roupa à boneca. Ela sim, é uma artista!
Minha mãe e meu pai refletiam em meus brinquedos e de meus irmãos o que queriam que valorizássemos em nós. Nos ensinaram a nos gostar como nós éramos e a reinventar as coisas.
Se estou aqui hoje, fazendo o que faço, com esforço e amor, é porque tive uma base, um estímulo na infância que jamais vou esquecer: meus pais e nossas experiências... Amo-os mais que tudo e amo tudo o que faço porque é herança do que eles me ensinaram!
Tinha esquecido que comemecei em agência desenhando à mão, mais especificamente, fazendo umas ilustrações para um livreto que ia ser distribuído para agricultores do interior do meu interior do meu Estado, o Piauí.
Esqueci que comecei assim porque tinha medo de computador, mas queria experimentar o novo e continuar esquecendo e lembrando depois de tudo isso. A minha curiosidade me trouxe pra esse mundo...
Só para finalizar, minha última reinvenção. O design começa no papel... ou na tela.
Voltei a pintar e tinha esquecido que ainda sabia fazer alguns borrões com as mãos.
Foto: minha mesmo, em visita à Pinacoteca Luz de São Paulo.
Escultura em bronze: A morte de Moema, de Rodolfo Bernadelli.
Pintura em tela: minha mesmo (releitura da morte de Moema)
2 comentários:
Uau. Que belo post, carregado de emoção...
E a pintura, simplesmente fantástica! Parabéns!
1001 utilidades dona moça??? rs
Bjos e saudades!!!!
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